quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Outubro Colorido


O Coletivo LGBT Flores Astrais convida você para o “Outubro Colorido”, uma série de discussões e intervenções durante o mês de outubro, organizadas e promovidas pelo Coletivo na Universidade Estadual de Santa Cruz - UESC.  Com tais ações, objetiva-se discutir as questões relativas à diversidade sexual. Na ocasião, será entregue à  Reitoria um documento construído pelo Coletivo a fim de que Travestis e Transexuais, estudantes da UESC, ganhem o direito de usar nome social em documentos acadêmicos. Não perca está oportunidade de participar do debate e de participar da construção de um espaço acadêmico mais igualitário e menos intolerante à diversidade.

Programação completa:



 Contamos com a sua presença!


sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Do movimento homossexual ao LGBT


“Paradas, visibilidade social, presença no debate público, iniciativas legais e políticas não surgiram da noite para o dia. A crítica à visão depreciativa das homossexualidades começou a ganhar espaço no país desde o final dos anos 1970, no embalo do grande movimento de oposição à ditadura militar, e prosseguiu durante o processo de redemocratização. Grupos de militância homossexual trouxeram à cena pública o anseio de que toda forma de amor e desejo pudesse ser vivida com dignidade e exaltada sem restrições. Essa disposição de luta sofreria o baque da eclosão da epidemia do HIV-Aids. Ao invés de esmorecer sob condições adversas, porém, o ativismo se revitalizou e floresceu. A flama libertária e antiautoritária da primeira militância deu lugar a múltiplas iniciativas, tanto de enfrentamento da epidemia quanto de extensão da agenda de direitos civis, impulsionadas pelo novo arcabouço legal montado a partir da Constituição de 1988 e pela construção de novas parcerias com o poder público, bem como com redes ativistas globais, agências multilaterais e pactos internacionais de direitos humanos.

Assim, o movimento homossexual anterior se transformou no multifacetado movimento atual de gays, lésbicas, bissexuais, travestis e transexuais, sob a emblemática bandeira do arco-íris.”

(FACCHINI, Regina. SIMÕES, Julio. Na Trilha do Arco-iris: Do movimento homossexual ao LGBT. São Paulo: Perseu Abramo, 2000, pags. 22 e 23.)

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Nota de repúdio à matéria homofóbica publicada pelo Blog "O Tabuleiro"

Nós, do Coletivo LGBT Gênero e Poder da Universidade Estadual de Santa Cruz, desejamos declarar publicamente o nosso repúdio à matéria publicada em 10 de setembro pelo Blog O Tabuleiro intitulada “Jovens trocam carícias nos arredores do Palácio Paranaguá”.
Com uma foto de dois rapazes sentados bastante próximos, o texto diz que nos arredores do Palácio Paranaguá, em Ilhéus, local ocupado pelo Coletivo Reúne Ilhéus há mais de dois meses, acontece de tudo, tratando como completamente anormal/exótico o relacionamento entre duas pessoas do mesmo gênero.

O Blog insiste em formar a opinião de que os jovens se excederam, usando expressões como “carícias íntimas” e “afetos calientes”, a imagem publicada pelo mesmo, contudo, não mostra nada de excessivo e, certamente, em todos os locais da cidade nos deparamos com demonstrações de afeto muito mais intensas do que esta, que virou alvo de atenção dos pedestres e do O Tabuleiro.

O que diferencia os carinhos trocados diariamente em público, mas que passam despercebidos, dos expostos na matéria é o fato de o casal ser formado por duas pessoas do gênero masculino (como foi enfatizado na matéria). O homossexual não tem o direito de abraçar, beijar, encostar a cabeça no ombro? É necessário que ele se mantenha em locais escondidos, perigosos, sujos para que o seu amor não fira os olhos dos homofóbicos?

Para finalizar, o Blog faz questão de dizer para os leitores que o vínculo que existe entre casais homoafetivos é de “descaração”. Que nós vivemos em uma sociedade homofóbica, machista, classista e racista, é sabido por todas e todos, mas, para nós, é inaceitável que um blog, com grande possibilidade de alcançar os mais variados setores sociais, reforce, por meio de suas reportagens, opiniões preconceituosas e discriminatórias.


O Coletivo LGBT Gênero e Poder, o Reúne Ilhéus, assim como toda a sociedade ilheense, não pode aceitar que um Blog, em vez de se juntar na luta pelo combate às opressões, as alimente, as fortaleça, estimulando os cidadãos a se desrespeitarem. Por isso, nós exigimos que o Blog O Tabuleiro se retrate publicamente pela forma desrespeitosa como tratou a comunidade LGBT ao noticiar matéria tão repleta de ironias e ofensas!